Flagship Triton: imersão fashion

Publicado por em 3/11/2017 - 3h42

A proposta arquitetônica de José Carlos Basiches para a flagship da Triton na rua Oscar Freire, durante a reforma de 2011, era ousada. Logo, o trabalho de luminotécnica deveria ser a mesma linha.

 

“O projeto de iluminação criou o conceito de uma loja passarela fashion. Ela é iluminada em suas laterais, onde estão as peças, de forma que o ambiente se destaque ao longo de todo o percurso, desde a entrada até o fundo da loja”, comenta

Antonio Carlos Mingrone.

 

A ideia era criar uma atmosfera cênica, com iluminação pouco elevada nas áreas de circulação, e peças dispostas nos expositores perimetrais destacadas pela iluminação incorporada ao mobiliário ou pela luz que vem dos projetores instalados no teto espelhado, formado por placas retangulares e bisotadas. “O que mais chamou nossa atenção quando iniciamos a elaboração do projeto, foi o fato de termos de trabalhar, contrariamente ao habitual, com superfícies muito pouco reflexivas — as paredes se apresentavam texturizadas na cor preta e os pisos também escuros. Por outro lado, o teto se colocava como extremamente reflexivo — totalmente espelhado”, relata Mingrone. O forro espelhado, que cobre toda a loja, recebeu dispositivos de luz instalados em nichos, usando-se luminárias de embutir de formato retangular, compostas por dois, três ou quatro módulos direcionáveis, dotados de lâmpadas energy save, de fabricação Osram: halógenas refletoras do tipo AR 111 e halógenas dicróicas. Em áreas de pé direito reduzido, foram utilizadas alternativamente lâmpadas halógenas refletoras do tipo AR 70.

 

Destaque especial foi dado aos nichos expositores dispostos na parede ao longa da passarela fashion, que foram dotados de iluminação incorporada a partir de linhas contínuas de LED.

 

A loja é dividida em três grandes áreas, setorizadas pela luz: a vitrine/entrada na parte da frente, o corpo principal da loja e o bloco de provadores e café, onde há uma parede verde de 6 metros de altura. “O clima criado é o típico encontrado nas áreas de desfile, por isso a área do café surpreende quando se visualiza a grande parede verde e o teto de vidro, que durante o dia permite a entrada da luz natural, e, à noite propicia condições para uma iluminação cênica da parede verde”, explica.

 

*Texto adaptado da edição 34 (julho/agosto 2011) da revista L+D, da Editora Lumière.