Iluminação natural em projetos luminotécnicos

Publicado por em 29/09/2021 - 2h20

 

A luz natural é a maior fonte de energia e deve ser o primeiro fator a considerarmos em qualquer tipo de projeto. Atualmente, grande parte dos projetos de arquitetura se preocupa em utilizar elementos como vidros e transparências, além de diversas outras estratégias que possibilitam o aproveitamento da luz natural.

Integrar a iluminação natural a um projeto de luminotécnica apresenta uma série de benefícios como:

• Proporciona níveis de iluminância interiores elevados e homogêneos;

• Maior eficiência energética (lm/W);

• Melhor percepção das cores devido a completa composição espectral presente na luz natural;

• Auxilia em melhorar a concentração e, consequentemente, a produtividade;

• Favorece a saúde e o bem-estar satisfazendo as necessidades biológicas e psicológicas dos ritmos naturais do ser humano.

Além disso, segundo a Midwest Energy Efficiency Alliance (MEEA), o uso da luz natural permite uma economia de aproximadamente 35% do consumo energético em um projeto.

A luz natural pode ser melhor aproveitada através de sistemas de controle e automação como explicamos abaixo:

Sistemas inteligentes de controle e automação

Em um projeto de luminotécnica podemos utilizar sistemas inteligentes de controle e automação, onde diferentes cenários de iluminação são criados e ajustados através da combinação entre a luz natural e as fontes de luz artificiais com o apertar de um botão ou até mesmo por comando de voz.

A automatização pode acontecer através de sistemas simples de controle até os mais complexos, gerando principalmente uma redução dos gastos energéticos. O sistema de controle de presença, por exemplo, permite uma economia média de 18% do consumo energético.

Confira a seguir dicas de equipamentos que podem auxiliar na redução do consumo energético e no aproveitamento dos recursos naturais para uma melhor saúde e bem-estar de todos:

Sensores de luz: estes dispositivos permitem controlar o nível de iluminância de um determinado ambiente por meio do aproveitamento da luz natural proveniente de aberturas, portas e janelas.

Sensores de presença: aqui o controle da iluminação é realizado com o acionamento dos dispositivos somente quando existe a presença de pessoas nos ambientes.

Criação de circuitos por zonas (janelas): consite no acionamento simultâno e setorizado de agrupamentos de luminárias, de forma a criar diferentes possibilidades em um mesmo ambiente.

Dimerização: possibilita o controle da intensidade de luz das luminárias, visando o aproveitamento da luz natural durante o dia.

A luz natural, assim, torna-se protagonista dos espaços e reveladora de formas e texturas, seja pelo aspecto da economia de energia ou por suas caracteristicas unicas. A luz artificial, assume então, um papel complementar no período diurno que pode ser otimizada pela utilização de instrumentos que controlam e potencializam o seu funcionamento.

Cabe dizer ainda, que a própria arquitetura da edificação também é um elemento essencial para o aproveitamento da luz natural e economia de energia, seja pela utilização de brises ou pelas formas e texturas que compõem a edificação.